Quem é o empresário por trás do novo prédio da Amazon na Avenida Rebouças - Estadão


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Amazon's New São Paulo Office

Amazon will be moving into a new 25-story building, the Biosquare, in São Paulo's Rebouças Avenue by the first quarter of 2026. Developed by G.D8 Incorporadora in partnership with Kinea Investimentos, the building will offer 39,200 square meters of space to the e-commerce giant.

G.D8 Incorporadora's Vision

The Biosquare is a realization of G.D8's vision for corporate office spaces: 'office home,' which brings the workplace closer to residential areas and public transportation. Daniel Ribeiro, CEO of G.D8, criticizes the lack of infrastructure in other corporate hubs like Morumbi. The company acquired 26 separate plots of land over three and a half years to build the Biosquare.

Overcoming Challenges

Construction began during the height of the pandemic's remote work trend, resulting in some investors leaving the project. However, with the return to in-person work and increased demand, the Biosquare attracted Amazon. Amazon's move to Biosquare also highlights the shift towards locations better served by public transport.

Rebouças Avenue's Growth

Rebouças Avenue currently has 75,000 square meters of available commercial space, with a low vacancy rate. The area is experiencing significant growth in commercial real estate, with projections for a 25% increase in stock by 2027.

G.D8's Background

G.D8 Incorporadora, known for its luxury residential projects, is applying its focus on prime locations, spacious designs, and integration with nature to the commercial sector. Its projects frequently include high-end features and are geared towards a wealthy clientele. The rent for Biosquare is projected at R$180 per square meter.

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A Amazon ainda não contratou nem o caminhão da mudança para sair do Complexo JK, mas já tem o endereço da nova casa. O edifício Biosquare está em construção a alguns passos de distância do metrô Fradique Coutinho, na Avenida Rebouças, e será inaugurado no primeiro trimestre de 2026. O prédio é uma aposta da G.D8 Incorporadora para consolidar o status corporativo da região.

Desenvolvido em parceria com a gestora de fundos Kinea Investimentos, o empreendimento terá 25 andares distribuídos em 130 metros de altura e lajes de até 2,6 mil m². Ou seja, será um dos mais altos da região, dominada por prédios corporativos com cerca de 10 andares.

A G.D8 não confirma o inquilino, mas a locação da Amazon não é mais segredo entre especialistas do mercado, como confirmou a Coluna do Broadcast. Os seis primeiros andares serão de estacionamentos e a multinacional ocupará do sétimo ao 25º andar, totalizando 39,2 mil metros quadrados − um avanço significativo em relação aos 19,8 mil m² que ocupa atualmente.

Procurada, a Amazon informou estar com planos de uma rápida e ter mais de 500 vagas abertas para contratação. “A Amazon possui planos de desenvolvimento ambiciosos para o Brasil. Seguiremos contratando, aumentando nossa seleção de produtos e oferecendo opções de entregas cada vez mais rápidas e seguras para todo o país”, diz, em nota, a country manager da Amazon no Brasil, Juliana Sztrajtman.

Biosquare: novo prédio da Amazon em SP

O Biosquare, que deve se consolidar como um dos maiores símbolos do corredor de tecnologia da Rebouças, é fruto de uma tese da G.D8 para o futuro das lajes corporativas. “Em vez do home office, em que a pessoa transforma o escritório em casa, nós defendemos o office home, em que o escritório se torna a casa”, diz Daniel Ribeiro, CEO e fundador da incorporadora.

“O primeiro passo é trazer o escritório para mais próximo da residência das pessoas e do transporte público de massa. Esse é um dos destaques de Pinheiros, onde mora parte significativa de quem trabalha nas grandes empresas de tecnologia”, afirma Ribeiro.

Daniel Ribeiro, CEO da G.D8 Incorporadora, tem experiência no segmento de casas de luxo Foto: Divulgação/G.D8 Incorporadora

O executivo critica a falta de infraestrutura de transporte e o trânsito de outros polos corporativos da capital paulista, como o entorno do Morumbi Shopping, área que concentra a maioria dos edifícios triple A da cidade − prédios de alto padrão de qualidade que abrigam multinacionais que têm milhares de funcionários. “É um absurdo pedir para um profissional sair de casa e passar horas na condução para trabalhar na Chucri Zaidan”, compara.

Para transformar essa ideia em realidade, porém, foi preciso paciência. Passaram-se três anos e meio entre a concepção do projeto e a aquisição de 26 terrenos separados para a consolidação do espaço de quase 5,6 mil metros quadrados em um dos endereços mais valorizados da cidade. Além da localização, a incorporadora aposta em lajes maiores e bastante área verde.

A execução do projeto não foi sem sustos. Junto à construtora Libercon, as obras começaram quando a tendência de trabalho remoto era mais forte do que hoje, por causa da pandemia de covid-19, e o mercado de escritórios tinha uma grande incerteza sobre como seria o futuro. Por isso, alguns investidores desembarcaram do projeto do Biosquare. A tese da incorporadora, entretanto, se provou correta.

Com a volta ao trabalho presencial consolidada nas grandes empresas, a demanda por espaços maiores aumentou, o que atraiu a Amazon. A gigante do e-commerce está em expansão no País e deixará o antigo prédio ao lado do shopping JK Iguatemi para se estabelecer em um local mais bem servido por transporte público − em grande parte, por causa da linha 4-Amarela do metrô.

Segundo dados da consultoria Newmark, a Avenida Rebouças tem hoje 75 mil metros quadrados (m²) de lajes corporativas para locação comercial, o que representa 12% do total da cidade. Desse número, apenas 8 mil m² estão vagos, mantendo uma taxa de vacância menor do que a da cidade, que é de 18%.

Até 2020, o crescimento do estoque no bairro de Pinheiros era de cerca de 10,7 mil m² por ano. A partir de 2021, impulsionado pelo avanço dos empreendimentos na Avenida Rebouças, essa média saltou para 34 mil m² anuais. De acordo com a Newmark, a previsão até 2027 é de um aumento de 25% sobre o estoque atual, com 11 novas torres previstas para os próximos três anos − mais da metade delas com endereço na própria Avenida Rebouças.

Experiência no mercado de luxo

Localização privilegiada, espaços amplos e contato com a natureza são características obrigatórias nos empreendimentos desenvolvidos pela G.D8 no segmento residencial. Todos esses privilégios, porém, têm um preço. Especializada nos mercados de luxo e superluxo, a incorporadora concebe imóveis que custam até R$ 40 milhões.

Casa de luxo da G.D8; Construtora defende que pelo menos 50% dos terrenos precisam ser compostos por áreas verdes Foto: Divulgação/G.D8 Incorporadora

O próximo projeto, por exemplo, é um condomínio residencial no bairro Cidade Jardim. Com quatro casas construídas com parede de vidro em um terreno de 3 mil metros quadrados, o empreendimento será cercado por mata atlântica. “Vamos gastar R$ 5 milhões só em árvores para o terreno”, afirma.

Fundada há 26 anos, a G.D8 Incorporadora se apoia na proposta de entregar “projetos irreplicáveis”. “Nosso foco é não ter foco, por isso tento não insistir em fórmulas”, diz Ribeiro.

Entre as inovações, estão sistemas de controle de qualidade do ar dentro dos quartos, piscina com correnteza e uma preocupação pujante com catástrofes. Daniel segue uma filosofia sobrevivencialista conhecida como Teotwawki (de “The End of the World as we Know it”), que parte da premissa de que é necessário se preparar para enfrentar um cenário em que todos correm perigo.

Toda a exclusividade e o ineditismo dos projetos da G.D8 se traduzem em imóveis acessíveis para os poucos e ricos compradores no mercado residencial. No corporativo não deve ser tão diferente. O preço da locação do Biosquare, por exemplo, será de R$ 180 por m², como antecipa Giancarlo Nicastro, CEO da consultoria imobiliária Siila.

“Com o esgotamento da Faria Lima, o fluxo natural é muitas empresas irem para a Rebouças. Uma região centralizada, com infraestrutura pública e empreendimentos modernos desperta desejo”, afirma Nicastro.

Apesar da demanda, porém, o executivo antecipa que será difícil ver outros prédios semelhantes ao Biosquare surgirem. “O empresário precisa ter muita resiliência e visão de longo prazo para construir em um terreno desse tamanho por anos. Você acaba esbarrando em espólios familiares, legislação pública e problemas de licitação no processo. Além disso, os terrenos estão cada vez mais raros na região”, observa.

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