The article argues that the STF, under the Lula administration, has created an unsolvable problem for itself and Brazil by pursuing a fabricated coup attempt narrative. This narrative has led to a years-long investigation involving baseless accusations and the infringement of citizens' rights.
The author claims there is no evidence of a coup attempt on January 8, 2023, orchestrated by Jair Bolsonaro and his allies. The continued pursuit of these unfounded accusations is deemed absurd, leading to increasingly ridiculous justifications by the STF.
The article criticizes Justice Alexandre de Moraes's actions, accusing him of abusing his power and infringing on civil liberties under the guise of an investigation.
The author suggests that an amnesty is the only viable solution to this crisis, but this is rejected by the STF-Lula administration. The article highlights the disproportionate sentencing of individuals involved in minor incidents, compared to the leniency towards past offenders who fought against the military dictatorship.
The article ends on a critical note, arguing that the STF's actions lack moral justification and that the regime may demonstrate power but not reason.
O STF e o seu limitado sistema de apoio criaram um problema insolúvel para si próprios e para o Brasil. Por ser insolúvel, não será resolvido, e por não ser resolvido só irá trazer problemas novos. Há todo um esforço sobre-humano para se fazer de conta que a casa continua perfeitamente de pé, funcionando como qualquer casa de respeito deve funcionar. Mas no mundo das realidades práticas não é assim. O teto caiu, as paredes ruíram e o piso afundou; estão todos tomando chuva, sol e vento, e sentam-se para jantar fingindo que está tudo bem. Não pode dar certo.
O problema sem solução é que o regime Lula-STF inventou, por razões que só eles mesmos poderiam expor de forma compreensível, uma tentativa de golpe de Estado, dois anos atrás, que simplesmente nunca ocorreu. Ao mesmo tempo, juntou a essa fraude a maior aberração, possivelmente, já ocorrida na história da Justiça brasileira: um inquérito policial que já dura mais de seis anos, deu-se o direito de se meter em qualquer assunto ligado à atividade humana, de notícias falsas a conversas particulares no WhatsApp, e submeteu à vontade do ministro Alexandre de Moraes a liberdade, a propriedade e todos os direitos civis dos 200 milhões de brasileiros.
A soma e a retroalimentação dessas duas demências criaram a charada que está aí. À essa altura, para começar, está mais do que óbvio, até para um advogado de porta de cadeia, que o regime nunca vai apresentar uma única prova séria de que houve realmente uma tentativa de golpe armado em 8 de janeiro de 2.023 – incentivada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns militares do seu entorno. Não vai apresentar as provas porque não pode, materialmente, apresentar prova de um golpe que não existiu. A consequência disso é que vão se ver obrigados a fabricar alegações cada vez mais absurdas, e a única coisa que vão provar, mesmo, é que a sua acusação é integralmente inepta.
O fato, cada vez mais insuportável para o STF e o sistema de propaganda que opera à sua volta, é que não houve o raio do golpe – ou, se houve, o Estado brasileiro, com a imensidão de sua máquina e dos seus recursos, não conseguiu demonstrar isso de forma decente após mais de dois anos de investigação. É possível passar o resto da vida falando sobre isso, mas o que realmente interessa é a natureza da bactéria que causou a infecção: toda a causa do regime, no fundo, se baseia nas declarações, já alteradas meia dúzia de vezes, de uma única testemunha. Xeque-mate.
Nenhum tribunal sério, em nenhuma democracia do planeta, aceitaria a delação do coronel Cid como prova de nada. Mas aqui o STF e quem lhe dá apoio se condenaram a insistir que aconteceu, sim senhor, algo que eles não podem provar – e essa opção os condena a se afundar cada vez mais na produção de erros novos para justificar os erros antigos que já cometeram. A única solução possível para isso seria a anistia. De um lado os réus, suspeitos e acusados ficam livres dos processos que o STF socou neles. De outro, o regime fica livre da obrigação impossível de provar coisas que não aconteceram e mostrar ao mundo que está fazendo justiça. Mas a anistia, justamente, é tudo o que a junta STF-Lula não admite.
É, realmente, um caso clínico em matéria de transtorno obsessivo na criação de bichos de sete cabeças que poderiam muito bem ter só uma ou duas – ou provavelmente nenhuma. Do jeito que está, não se pode ter nem a prova do crime, porque o crime não existe, e nem a anistia para quem não cometeu o crime que não foi cometido. Para simplificar: é humanamente impossível achar que faz algum nexo condenar a mais de 17 anos de cadeia pessoas que participaram de um quebra-quebra, não mais que isso, com a agravante de que o STF considerou desnecessário provar quem quebrou o quê.
A grande justificativa apresentada pelo STF é que a anistia “não é uma demanda da sociedade brasileira”, e nem uma questão “urgente”. É mesmo? E quais seriam as demandas prioritárias que o regime Lula-STF está atendendo no momento, e que desaconselhariam o atendimento de outras como a anistia? Aliás, quem autorizou os ministros do Supremo e seus fiéis a estabelecerem quais são as demandas da sociedade brasileira? O que se sabe é que a única manifestação de rua que houve até hoje contra a anistia foi um miserável fiasco de público – e as fotos das manifestações a favor, no Rio e em São Paulo, mostram um apoio incomparavelmente maior.
De qualquer forma, tanto faz se há demanda da sociedade ou se não há: do ponto de vista moral, com ou sem demanda, não é possível admitir que uma trabalhadora manual sem um tostão no banco, nenhuma influência e nenhum antecedente criminal, seja condenada a 14 anos de prisão por pichar com batom uma estátua em Brasília. Pelo escândalo indecente que é sua prisão, a moça se transformou num alvo preferencial da ira de Moraes e da esquerda. Ela não foi condenada só pelo batom, dizem, e sim pelo golpe armado que estava cometendo. Aí fica pior ainda. O batom, pelo menos, ela de fato usou. Mas derrubar o governo?
“Tenha dó”, diria Alexandre de Moraes. É realmente o caso de ter dó da desonra que os ministros do STF e os apoiadores de sua conduta estão exibindo em plena luz do dia – para não se falar da compaixão que merecem todos aqueles que estão trancados nos seus cárceres. É tudo uma tragédia. O regime que nega, indignado, a anistia para os réus de um golpe imaginário, é a favor da anistia para homicidas, assaltantes de banco e sequestradores que queriam derrubar a ditadura dos militares para colocar no governo a sua própria ditadura. Esses viraram heróis; concorrem até ao Oscar.
É impossível que isso tudo venha a fazer sentido algum dia. Na verdade, vai fazer cada vez menos sentido à medida em que o tempo for passando. O regime do STF, de Lula e da esquerda pode mostrar, cada vez mais, que tem a força. Mas nunca será capaz de mostrar que tem a razão.
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