Poeta Lobo da Costa é encontrado morto em 18 de junho de 1888 - A Hora do Sul


This article commemorates the death of Brazilian poet Lobo da Costa in 1888 and also recounts the history of the Sagrado Coração de Jesus parish in Pelotas, Brazil.
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Há 137 anos

O ano de 1888 marcou a morte do poeta e dramaturgo pelotense Lobo da Costa, no dia 18 de junho, quando ainda tinha 34 anos. Completaria 35 em 12 de julho. Filho de Antônio Cardoso da Costa e de Jacinta Júlia da Costa, o escritor despertou para a poesia muito cedo e aos doze anos publicava no jornal Eco do Sul. Aos dezesseis, começou a carreira no jornalismo, atuando em jornais como: Ecos do sul; Castália; Trovador; Lanterna; Diário de Pelotas; Investigador; Gazeta Mercantil; 11 de Julho; Tribuna e Fronteira. Publicou o romance Espinhos d’alma, em 1872.

Em 1874 se mudou para São Paulo para estudar Direito, porém não levou o curso adiante. Em 1875, debilitado por problemas de saúde, após um período boêmio, viajou de volta para o sul do país e se estabeleceu por cerca de um ano em Florianópolis, na época chamada de Ilha do Desterro.

A vida boêmia, a vida amorosa mal-sucedida e o alcoolismo do poeta não são aprovados pela sociedade conservadora de Pelotas, quando volta a Pelotas, em 1876 e ele migra para Jaguarão. Por lá, casou-se com Carolina Augusta Carnal, em 1879, com quem teve uma filha, Amanda.

De Jaguarão, o poeta passa a peregrinar por diferentes cidades, até voltar a Pelotas. A partir da segunda metade da década de 1880 passou por internações. Até que em junho de 1888, sem autorização, deixou a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, onde estava hospitalizado. No início da noite fria de outono foi visto na região de bares da região, na época chamada de Santa Cruz. O desfecho trágico foi conhecido pela comunidade, quando na manhã seguinte foi encontrado morto, com o corpo nu, caído numa vala.

Postumamente teve reconhecidas suas obras: Auras do Sul (1888); O Filho das Ondas (s/d); Flores do Campo (1905); Dispersas (1910) e As Melhores Poesias (1927).

Dramaturgo se iniciou na literatura na pré-adolescência

Legado literário

O legado literário do poeta é celebrado e promovido pelos membros do Instituto Francisco Lobo da Costa, criado há quase nove anos. A entidade promove mensalmente atividades culturais, para que a obra do pelotense não seja esquecida. Hoje às 15h, para lembrar a data, será realizada uma romaria ao túmulo de Lobo da Costa no Cemitério Velho.

“Francisco Lobo da Costa foi um dos maiores escritores do Rio Grande do Sul, considerado o segundo melhor poeta social brasileiro, depois de Castro Alves. Era multifacetado, pois, além de seus excelentes poemas, escreveu ótimas dramaturgias, crônicas, contos, romancetes e ensaios. Um diferencial em relação aos demais escritores de sua época consiste no fato de que Lobo sempre foi muito apreciado, reconhecido e popular ainda em vida junto a todos os níveis sociais, não só de Pelotas, como também de bastantes cidades do RS, sendo muito famoso e valorizado em vida, ao contrário de outros que só obtiveram reconhecimento após a morte. Significa dizer que a ‘persona’ do vate circulou com sua obra junto ao povo durante a sua contemporaneidade”, descreve a presidente do IFLC, professora Ângela Treptow Sapper.

 

Há 100 anos

Obras da paróquia do Porto ganham apoio da comunidade e da cantora Zola Amaro

A comunidade católica se mobilizou para conseguir recursos para obras na Matriz do Sagrado Coração de Jesus, a paróquia do Porto. No dia 14 de junho de 1925 foi realizado um chá em benefício da instituição, na Bibliotheca Pública Pelotense. A festa ocorreu à noite e contou com uma apresentação da famosa cantora lírica pelotense Zola Amaro, acompanhada pelo violonista Rosendo Barreiro.

A Paróquia Sagrado Coração de Jesus foi criada em 1º de novembro de 1912 pelo primeiro bispo de Pelotas, Dom Francisco de Campos Barreto, que nomeia como primeiro pároco o padre Manoel Guinot Bernat.

Com a adesão dos fiéis, a igrejinha de madeira ao lado da atual matriz tornou-se pequena e a comunidade sentiu a necessidade de ter um templo maior. A nova igreja foi construída em terreno doado pelo casal Evaristo Alves Ribas e Ambrosina Ribas.

Em 7 de setembro de 1917 ocorreu a transferência da antiga igreja de madeira para a nova, ainda em obras. O novo templo foi oficialmente inaugurado, em 24 de novembro de 1921, em uma cerimônia com muita pompa.

Processo de restauro

Atualmente a igreja se encontra em obras de restauro. A nova etapa, que começou neste primeiro semestre, contempla três grandes ações: restauração do forro de madeira; instalação de rede elétrica e recuperação estrutural das colunas e arcos de sustentação interna do prédio, que serão reforçadas. Ao final desse processo, o templo, que está interditado, poderá retomar as atividades normais.

História da paróquia do Porto começou em 1912 (Foto: QZ7 Filmes)

O orçamento é de R$1,5 milhão para esta fase da restauração, valor custeado via Lei de Incentivo à Cultura (LIC), com o apoio do Ministério Público do Estado (MP-RS). A restauração é coordenada pela arquiteta Simone Neutzling, da Perene Patrimônio Cultural.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; https://igrejadoporto.blogspot.com/

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