O que foi surpreendente foi a resposta de seus empregadores: em meados de dezembro, ela foi demitida da startup onde trabalhava, em uma atitude que, segundo ela, porém, não estava diretamente relacionada ao seu vídeo viral, mas que destacou uma desconexão entre as expectativas dos jovens e o mercado de trabalho atual.

Por que Brielle foi demitida depois do vídeo viral?

Embora houvesse especulações iniciais de que sua exposição pública levou à sua demissão, Brielle esclareceu que sua saída da empresa foi devido a razões internas. De acordo com o jornal Business Insider, a startup que a contratou em Nova York admitiu que não tinha carga de trabalho suficiente nem capacidade organizacional para fornecer treinamento adequado.

Seu chefe até mesmo elogiou seu desempenho e lamentou a decisão. No entanto, o cenário revela uma situação cada vez mais comum: jovens que, diante dos rigores do modelo de trabalho tradicional, têm dificuldade de se encaixar em estruturas projetadas para gerações com expectativas muito diferentes sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A realidade do trabalho de Brielle, no entanto, ia muito além do cronograma estabelecido. Sua rotina diária envolvia ir de Nova Jersey a Manhattan, levando aproximadamente duas horas em cada sentido. Isso significava que, além de trabalhar um dia inteiro, ela perdia até quatro horas por dia de deslocamento, sobrando pouco tempo para descansar, cozinhar ou simplesmente aproveitar o tempo livre.

Fugindo de polêmicas, Brielle explicou que sua intenção ao compartilhar sua experiência era abrir um debate sobre a dificuldade de adaptação às exigências do trabalho tradicional. Com isso, seu caso despertou tanto críticas quanto apoio. Enquanto muitos viam suas lágrimas como uma falta de resiliência, outros interpretaram sua angústia como um alerta para melhorar os ambientes de trabalho.